Posted by : Unknown Thursday, February 20, 2014





Vou ser sincera: debati muito se deveria falar sobre essa série para vocês, queridos leitores, porque sou uma pessoa muito egoísta. E, como pessoa egoísta que assumo ser, não sabia se deveria compartilhar meu amor com o mundo. Mas como estou praticando o desapego decidi apresentar para vocês essa série britânica pela qual me apaixonei no verão passado. E, brincadeiras a parte, estou com um projeto de apresentar novas séries para vocês sempre que der, uma vez que eu sou uma viciada assumida nessas belezinhas. Por isso, escolhi essa série para começar. Espero que seja uma boa indicação.



My Mad Fat Diary é uma série que tem apenas uma temporada até agora, e essa temporada tem só seis episódios (não sei se amo ou se odeio os britânicos e essa mania de escrever séries com poucos episódios). Conta a história de Rachel Earl, ou Rae para os mais íntimos. Ela é uma adolescente de 16 anos, dos anos 90, que acabou de sair do hospital psiquiátrico, onde ficou quatro meses. Nossa protagonista sofre com um dos males do século: a obesidade. E, junto com ela, outros problemas também surgem, como a insegurança e a baixa auto-estima. Isso fica claro desde o primeiro episódio, quando somos apresentados às neuras da personagem, e você consegue perceber que ela não consegue se aceitar, e que talvez as pessoas com quem ela convivia também não soubessem aceita-la. Adolescência não é bem o período mais fácil das nossas vidas, e todos podem ser alvo de discriminações e bullying, independente de como a pessoa se parece. Quem quer ser mau consegue motivos para isso em qualquer momento.



Quando ela sai do hospital, Rae tem que voltar à vida de antes sem se deixar afetar do modo como aconteceu antes de ser internada. Assim, ela volta a viver na sua casa e a sair com uma velha amiga. Chloe era sua amiga na infância, mas com o passar do tempo elas se afastam. Chloe é uma garota popular e nem sempre boa, que tem um grupo de amigos muito interessante. Só tem um detalhe: quando Rae foi internada, sua mãe espalhou na vizinhança que ela estava na França, passando um tempo com uma tia. E é assim que Rae, que tenta se reconectar com sua amiga mais antiga, conhece seus novos amigos: Archie, um garoto lindo e simpático que sempre inclui Rae nas conversas do grupo; Chop, um doidinho que não bate muito bem das idéias mas é muito divertido; Izzie, uma menina sonhadora e que vive no mundo da lua e a Finn Nelson, o amor da minha vida. Finn é o bonitinho que faz pose de durão e é super popular.



Rae também fez amigos no hospital psiquiátrico, e eles estão bem presentes na série. Tix, é uma adolescente que sofre com a anorexia. Ela não consegue apreciar o que vê no espelho, e você consegue perceber que ela sofre com isso. Danny “Two Hats” (ele passa a temporada inteira usando dois chapéus ao mesmo tempo) é um fofo, que muitas vezes dá conselhos amorosos para Rae. Os dois sofrem de depressão, e a relação entre eles três é muito bonita. Eles tentam se ajudar, e acabam sendo uma âncora uns para os outros, algo  que os mantêm lúcidos em um mundo repleto de loucuras.



Além de lidar com uma adolescente que sofre com a obesidade e ainda não sabe lidar direito com quem ela é (afinal, quem sabe fazer isso com 16 anos?), My Mad Fat Diary traz outros temas nada leves: famílias que não funcionam muito bem, homossexualidade, bullying. O ponto forte da série é o modo como eles lidam com tantos problemas: de forma divertida, mas sem transformar tudo em piada. E Rae, por incrível que pareça, é uma garota muito divertida, que procura um lugar onde se sinta bem, que faz besteiras e que é feliz, na maior parte do tempo. É muito bom ver como todos os personagens vão evoluindo conforme a série vai passando. Nenhum deles permanece completamente igual ao início da série. E você acaba se surpreendendo com muitas atitudes que eles tomam, torcendo para que certas coisas aconteçam, dando gritinhos de alegria em algumas cenas… É contagiante.



O cenário e o figurino são tão impecáveis que te dá vontade de voltar para os anos noventa. E os atores estão longe de serem aqueles bonecos de porcelana perfeitos que estamos acostumados a ver em todas as séries por aí (não estou reclamando, só estou dizendo que gostei dessa diferença também), então realmente parece que é a história de um grupo de amigos que tentam sobreviver aos anos de adolescência, cheio de restrições e sonhos e problemas. E a trilha sonora é sensacional. Tudo que eu não curti nessa época (nasci em 92, mal tive contato com alguma música nacional além de Xou da Xuxa, que dirá com o Rock internacional) acabou vindo até mim.



Encontrei essa arte linda na internet.; Define perfeitamente quem é a Rae.



Assistam a essa série, de verdade. A história é baseada no livro homônimo, que era realmente um diário de adolescência de Rae Earl, que decidiu publica-lo como livro. O livro é a história real e a série é baseada nele. Ainda não tive a chance de ler, porque o livro não tem publicação no Brasil e eu preciso importar, portanto não tenho como comparar os dois ainda. Mas de uma coisa tenho certeza: a série vale  muito a pena. E tem só seis episódios, então se você não curtir, não vai ter perdido tanto tempo assim. Aqui em baixo tem o trailer do seriado:



Espero do fundo do coração que vocês gostem :)
Ah, que séries vocês gostariam de ver aqui no Livrólogos? Deixem os nomes nos comentários, e eu vou fazer o possível para falar sobre todas.






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